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terça-feira, 8 de novembro de 2011

MATÉRIA NO GLOBO ONLINE-08.11.2011

Árvores da vida

Plantio voluntário nas cidades ajuda a mitigar a emissões de gases-estufa

Plantão | Publicada em 08/11/2011 às 11h03m
Cláudio Motta (claudio.motta@oglobo.com.br)
O bancário Sávio Teixeira planta voluntariamente no Pão de Açúcar. Foto de Custodio Coimbra
Se apenas 10% dos cariocas plantassem uma árvore por ano seria possível neutralizar 60% da emissão de carros do Rio de um mês. Os cálculos do geógrafo Lucas Pereira, diretor da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Iniciativa Verde, mostram que pequenas atitudes têm grandes consequências. Pensando justamente nisso, voluntários dedicam boa parte do tempo livre para plantar árvores nas cidades brasileiras. Ambição semelhante tinha a queniana Wangari Maathai, que chegou a ganhar o Nobel por seus cinturões verdes para combater o aquecimento global. Internacionalmente reconhecida, morreu aos 71 anos no último dia 25.
- Com duas árvores plantadas por 10% dos cariocas, daria para compensar mais do que toda a emissão dos carros do Rio em um mês - diz Pereira. - Quem planta árvores nas cidades produz um impacto significativo. Uma única árvore da Mata Atlântica é capaz de reter, em média, 190 quilos de gás carbônico.
A Oscip promove o plantio de árvores para neutralizar as emissões de empresas e pessoas. Qualquer um pode saber o tamanho de sua pegada ambiental (o total de suas emissões) e quantas árvores seriam necessárias para compensá-la com uma calculadora na internet < http://bit.ly/seuCO2 >. Geralmente, quatro árvores por ano são suficientes para mitigar as emissões de uma pessoa. Como costuma viajar muito de avião, veículo muito poluidor, o geógrafo precisa plantar bem mais: 13 árvores.
- Fazemos o restauro florestal basicamente em área rural. - afirma Pereira. - A partir da calculadora, vamos oferecer sugestões para as pessoas reduzirem suas emissões.
REPLANTIO:Voluntários colocam a mão na terra e na internet
A paixão pelas plantas e a valorização das árvores brasileiras estão entre os principais legados do paisagista Roberto Burle Marx. Robério Dias, diretor do Sítio Roberto Burle Marx, que está aberto para visitação em Barra de Guaratiba, ressalta que o local não é um espaço destinado à preservação ambiental, mas a beleza das plantas e as técnicas de cultivo desenvolvidas ali incentivam o plantio, sobretudo em jardins de casas e apartamentos. Além disso, no sítio há plantas raras ou em extinção.
Neste momento, um telhado verde idealizado por Burle Marx está em fase final de construção no sítio, que é administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele demorou a ser feito porque o paisagista, que morreu em 1994, fora desaconselhado por amigos, que alegaram que as plantas no local causariam infiltrações. Por ironia do destino, o problema aconteceu mesmo sem qualquer plantio no local. Agora, depois de um processo de impermeabilização, o sítio ganhará um novo espaço para jardim, uma solução de engenharia cuja prática vem sendo incentivada em diversas cidades para reduzir as temperaturas.
- Burle Marx não era contrário ao plantio de espécies exóticas em jardins, mas não aceitava a derrubada de florestas - afirma Robério, que trabalhou com o paisagista. - Por de trás de cada árvore há uma história.
Algumas delas estão contadas por Robério em seu blog na internet , como o caso do ficus (Ficus mysorensis). Suas raízes imensas atraem a atenção de visitantes, mas derrubaram um enorme pau-rei (Pterygota brasiliensis). Um pau-ferro (Caesalpinia ferrea) pode ser a próxima vítima. Ao todo, 19 árvores estrelas têm suas histórias relatadas, mas a constelação tende a crescer.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/11/08/plantio-voluntario-nas-cidades-ajuda-mitigar-emissoes-de-gases-estufa-925753393.asp#ixzz1d9Fav2KY 
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Um comentário:

  1. Caro Sávio,
    Gostaria de saber mais sobre o projeto e como participar.
    Agradeço a atenção e aguardo contato.
    ATt,
    Cristina
    cristina.amiran@yahoo.com.br

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